segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Resíduos de alimentos viram adubo orgânico em Vilhena

Por Luciano Carvalho

Quando falamos em reciclagem a primeira coisa que vem à cabeça é lixo, por isso dar nova destinação aos resíduos de lixo orgânico garante menos volume no lixo que é descartado. Ideias como essa estão sendo colocada em prática na cidade de Vilhena, um exemplo disso é a escola Zilda da Frota Uchôa que promove diversos projetos ambientais e reaproveita os restos de alimentos utilizados na cozinha.

A produção de adubo orgânico é utilizada nas ervas medicinais e hortaliças, que são utilizadas para complementar a merenda escolar, outro exemplo de reutilização de alimentos é do restaurante Mariza. O proprietário do restaurante, João Nunes Corbari, usa o adubo orgânico em sua plantação de hortaliças que retornam para a mesa.

A coordenadora de projetos ambientais, Ana Neri Paula Assis, diz o objetivo do projeto é “além de trabalhar cidadania e ética, a valorização e conscientização sobre a importância de preservar”, relatou. E que o apoio dos pais é fundamental, pois os alunos trabalham na escola em horário diferente do que estão em sala de aula.

A conscientização e mudança de hábito são tanta que muitos alunos começaram a adotar a reutilização de resíduos de alimentos em suas plantações de hortaliças em casa. Alunos como João Gabriel que é voluntários nos projetos da escola há 5 anos e que o mais gosta de fazer é plantar. Além dos resíduos de alimentos são utilizados folhas de árvores secas e galhos no processo da compostagem.


Aumenta procura por alimentos orgânicos em Vilhena

Por Luciano Carvalho
Fotos: Luciano Carvalho e Willian Tonial

Os vegetarianos estão entre os que mais procuram devido a mudança de hábito por uma alimentação saudável

A agricultura de base ecológica cresceu muito nos últimos anos, de acordo com o último censo do IBGE, 2006. Existem mais de 90 mil produtores orgânicos no país. Percebe-se a mudança de hábito da população e a preocupação dos agricultores com esse segmento. Com a procura por uma vida saudável e com a mudança de hábito a população vem preferindo produtos sustentáveis.  Essa é a proposta da agricultura orgânica, que busca garantir saúde do corpo, e da sociedade, de forma sustentável e natural.

O engenheiro agrônomo, Gustavo Nóbrega Lisboa, diz que a agricultura orgânica é “limpa”, pois cultiva os alimentos sem o uso de agrotóxicos, adubos químicos e outras substâncias tóxicas e sintéticas. Assim, evitando a contaminação dos alimentos e do meio ambiente. Demonstrando a preocupação com diversos fatores, entre eles a preservação de recursos naturais para um desenvolvimento sustentável e a valorização do trabalhador rural.

No processo da agricultura de base ecológica, o questionamento é sobre repensar o papel da agricultura na nossa sociedade, e adaptar as técnicas para a produção de orgânicos. 

Uma grande parcela de consumidores dos produtos orgânicos são os vegetarianos, pessoas que por inúmeras razões param de consumir produtos de origem animal em sua alimentação. Um exemplo da prática é Gisele Silva vegetariana há dez anos e utiliza orgânicos em sua alimentação sempre que encontra. Isso porque o acesso à esses produtos ainda são difíceis em Vilhena, mesmo os pequenos produtores ainda utilizam agrotóxicos em suas plantações e acabamos procurando pessoas conhecidas ou criando uma rede de contatos que sejam livres de agrotóxicos na plantação. Uma forma que Gisele conseguiu abastecer sua casa com produtos orgânicos foi à construção de um canteiro para plantar hortaliças.

Para ela, parar de comer carne foi uma opção por respeitar os animais e acreditar que eles não são alimento.

Gisele Silva explica que os dois filhos alimentam-se de vegetais desde o ventre
Foto: Willian Tonial


 A questão da saúde ficou em segundo plano por tornar-se vegetariana, sua filosofia de vida ia contra a de que animais são alimentos, “nunca fui de comer carne e acabou tornando-se algo que não fazia falta na minha vida, eu me preocupava muito mais em pensar estar acabando com uma vida para me alimentar do que ter benefícios em minha saúde”.

“Nós optamos por comprar coisas mais caseiras, é engraçado que as pessoas que possuem os mesmos hábitos que nós se aproximam, inclusive tem um senhor que nós compramos banana e mamão que possui uma produção caseira, e nós confiamos mais. Assim, consumimos o mínimo de produtos industrializados”, afirma Gisele.

Com o aumento do consumo desses alimentos mais saudáveis, as pessoas passam a trocar informações para encontrar produtos que têm uma preocupação com a qualidade na  produção.

Gustavo Nóbrega Lisbôa, é contra o uso de agrotóxicos e vê na agricultura de base ecológica uma saída para uma vida saudável. Ele explica que para produzir alimentos sem o uso de agrotóxicos “tem toda uma técnica pra funcionar, não é nada complicado, mas não adianta você fazer como sempre fez de forma convencional e só parar de por o veneno”.  


Na agricultura de base ecológica é preciso fortalecer a planta para que ela produza substancias que repelem os insetos. A planta precisa ficar mais forte e é preciso fazer adubação e manejar o solo. “Na agricultura convencional o solo é tratado como mais um componente da agricultura, a planta possui mais importância do que o solo, e na agricultura de base ecológica o solo possui mais importância, pois vai ser ele que vai garantir a planta”.

História - A agricultura de base ecológica possui referencias nas lavouras do império Inca, uma das técnicas utiliza nos canteiros referencias no sistema de terraços andinos.

Os canteiros são de formatos e tamanhos diferentes para que quando chova os nutrientes do solo não sejam levados com a água e ocorra uma perda mínima.
Foto: Luciano Carvalho

Gustavo Nóbrega Lisbôa explica que na agricultura ecológica não é aconselhável plantar monoculturas, é preciso que exista uma diversidade de culturas. A rotação de culturas e o uso de plantas repelentes no meio das hortas é uma solução para prevenção e combate de pragas. Plantas repelentes são aquelas que possuem o cheiro forte como arruda, cebola, alho. hortelã, manjericão, orégano etc.

A plantação do engenheiro agrônomo com suas plantas repelentes
Foto: Luciano Carvalho
O agrônomo cultiva alimentos para manter a saúde de sua família, e acredita que o uso de alimentos orgânicos só pode trazer benefícios e qualidade de vida para as pessoas.


Escola Zilda da Frota Uchôa promove Educação Ambiental

Por Luciano Carvalho

Os alunos e professores da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Zilda da Frota Uchôa, promovem Educação Ambiental através de projetos ambientais, em Vilhena. Os projetos iniciaram no ano de 2000, com a professora e coordenadora de projetos ambientais, Ana Neri Paula Assis, e é desenvolvido por uma equipe de professores e parceiros.

Entre os projetos estão o “Revitalização e preservação do Rio Pires de Sá”, “Verde que te quero verde”, “Reciclar no presente para preservar o futuro” e “Água, escola e ambiente”. De acordo com a professora Ana Neri Paula Assis, o objetivo dos projetos é “Conscientizar os alunos, professores e a comunidade sobre a importância da mudança de hábitos, porque cada um fazendo sua parte, todos poderão ter um meio ambiente melhor”, explicou.

Os projetos funcionam de maneira extraclasse, os alunos participam em horários oposto ao que estão em sala de aula. Durante a execução dos projetos a escola foi transformada, foram plantadas várias espécies de árvores dentro da escola para os professores utilizarem como laboratório vivo durante as aulas.

Empresário constroi aterro sanitário em Vilhena

Por Luciano Carvalho

Em 20 de julho deste ano foi inaugurada a central de destinação de resíduos Dois Irmãos em Vilhena. O aterro sanitário possui uma área de 60 hectares e está localizado a 25 quilômetros da área urbana de Vilhena, foi construído através de iniciativa privada e vai servir como depósito de resíduos por meio de convênio com a prefeitura.

O empresário Fausto Moura é o idealizador do projeto. Ele garante que todas as normas federais foram cumpridas na realização do aterro. Com capacidade para 200 toneladas todos resíduos coletados passarão por seleção de materiais para reciclagem, triagem, compostagem e os resíduos não reaproveitados serão armazenados.

De acordo com o secretário de meio ambiente de Vilhena, Arlindo Nenzão, a prefeitura destinará os detritos para o aterro sanitário, mas é preciso um planejamento prévio, o prazo é de seis meses. O aterro é uma boa solução pois sua vida útil é cerca de 50 anos e o proprietário pretender atender outras cidades do Cone Sul de Rondônia.

domingo, 29 de setembro de 2013

Queimadas causam prejuízos, transtornos e tragédias ambientais

Por Silvana Campos
Fotos: Lucimar de Morais

Conscientizar as pessoas é a melhor maneira de evitar os incêndios e suas consequências

De acordo com as estatísticas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, INPE, no último ano foram identificados 1.236 focos de queimadas no município de Vilhena, RO. “Normalmente, a prática de queima está associada com a limpeza de propriedades rurais,  mas há outras causas que permitem este problema ambiental como fatores climáticos, bitucas de cigarro, jogados pelas estradas,” Explica Iranildo Dias, Tenente do 3º grupamento do Corpo de Bombeiros.



Setor de chácaras, próximo a cidade de Vilhena

“Queimada é crime, mesmo assim as pessoas costumam colocar fogo para renovar pastagens ou livrá-la da cigarrinha,” afirma Maria Doralice da Silva, diretora adjunta da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental, Sedam, em Vilhena. Existe também a queima da vegetação ou restos de cultura, tendo em vista a prepararação da terra para um novo plantio, detalha. A diretora lembra que, uma alternativa ecológica é a aração da terra. Ela esclarece que, quando o fogo surge sozinho, por meios naturais, denomina-se queimadas incendiárias. Explica que, a brigada de incêndios do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, Ibama, é responsável por combater o fogo na área rural, e os bombeiros atendem os casos dentro da cidade.

A Sedam informa que em Rondônia, no ano passado, foram registradas 70 autuações, cerca de dois milhões em multas e mais de 1.000 hectares devastados. Foram registrados ainda o dobro de notificações, 35 mil focos, enquanto em 2011 registraram 19 mil, em todo o estado.

Consequências para a saúde - A Sociedade Brasileira de Pediatria, em seu site oficial, afirma que a saúde é a mais afetada com a poluição. Doenças respiratórias como a bronquite, rinite alérgica, alergias e asma levam milhares de pessoas aos hospitais todos os anos. Outros problemas de saúde são a irritação na pele, lacrimação exagerada, infecção nos olhos, ardência na mucosa da garganta e processos inflamatórios no sistema circulatório, quando os poluentes chegam na circulação.

As infecções agudas do trato respiratório são importantes causas de mortalidade em crianças. O pulmão é um dos órgãos mais afetados pelos poluentes ambientais.

Segundo o Secretário Municipal de Saúde, Vivaldo Carneiro, no mês de julho, houve diminuição nos casos de doenças respiratórias, em crianças e idosos, se comparado ao mesmo período do ano passado. Isso se deve ao início tardio da estiagem, neste ano, e às campanhas de prevenção que foram realizadas.

Em dias secos e com alta poluição do ar, é recomendado beber mais água do que o normal, evitar atividades físicas ao ar livre, utilizar umidificador dentro de casa  e limpar o chão com pano úmido.

Gases poluentes - As queimadas, que ocorrem em florestas do mundo todo, também lançam na atmosfera milhões de toneladas de monóxido de carbono.
            
Segundo a professora de Química, Joice Gurkewicz, o Monóxido de Carbono é um gás inflamável, incolor e inodoro, não possui cheiro. Sua fórmula química é CO. E é altamente tóxico. Inalado em pequenas quantidades pode causar dores de cabeça, lentidão de raciocínio, problemas de visão, redução da capacidade de aprendizagem e perda de habilidade manual. Em quantidades maiores pode levar o indivíduo a morte por asfixia.

Prejuízos ambientais - A poluição tem prejudicado os ecossistemas. O clima também é alterado pela poluição do ar. O fenômeno do efeito estufa está aumentando a temperatura em nosso planeta. Ocorre devido aos gases poluentes que formam uma camada de poluição na atmosfera, bloqueando a dissipação do calor. Desta forma, o calor fica concentrado na atmosfera, provocando mudanças climáticas.

Pesquisadores tem afirmado que poderemos ter a elevação do nível de água dos oceanos, provocando o alagamento de ilhas e cidades litorâneas. Muitas espécies animais poderão ser extintas e tufões e maremotos poderão ocorrer com mais frequência.

Foco de queimada controlado durante o mês de agosto

Prevenção - O Corpo de Bombeiros de Vilhena  trabalha com a prevenção, desenvolvendo campanhas de conscientização anualmente, apesar disso, muitas pessoas ainda insistem nessa prática, e continuam a realizar queimadas.

O período mais crítico do ano é o mês de setembro, quando a estiagem e a umidade do ar ficam abaixo do normal, é o que  afirma o tenente Iranildo Dias.

Queima de lixo ilegal - Na cidade, também é proibido queimar o mato e o lixo do quintal. Para denunciar pode-se ligar para os bombeiros, através do número 193; para a brigada de incêndio do Ibama/Vilhena, 8150-9118, ou ainda para o comitê de combate às queimadas através do 0800 647 1150. Outras maneiras de denunciar é indo até a Sedam ou fazer um boletim de ocorrência na delegacia civil.



A penalidade para o responsável pela queimada é administrativa [multa], e a pessoa também responde a processo civil e criminal junto ao Ministério Público. A pena pode variar de seis meses a quatro anos de prisão. O valor da multa varia de quinhentos reais, até milhões, dependendo da área atingida. Para mais informações entrar em contato com a Sedam de Vilhena, pelo número 3321-1144.


“Safra do fogo”: julho e agosto apresentam maior número de focos de incêndio

Por Valéria da Costa

O fogo é um método barato e prático utilizado pelos agricultores para limpar propriedades, deixando-as aptas ao plantio, este procedimento é chamado de ‘queima agrícola’. Porém, na maioria das vezes, o autor da queimada perde o controle sobre o fogo e este se alastra. Assim a queimada se torna um incêndio e causa grandes danos não só na propriedade em que se originou como em propriedades vizinhas.

Segundo dados do Corpo de Bombeiros Militar de Vilhena, nos meses de Julho e Agosto a quantidade de focos de incêndio aumenta em mais que o dobro registrado em todos os outros meses do ano. O número de ocorrências atingiu 25 no mês de julho deste ano, que se somadas às 56 já registradas em agosto, superam os números de todos os outros meses do ano.

De acordo com o tenente Claudevan Reis de Carvalho Guimarães Júnior, grande parte das ocorrências atendidas pela instituição é de incêndios provocados pelos próprios proprietários das terras que, por imprudência ou falta de informação, ateiam fogo em seus plantios e não conseguem controlá-lo. A prática dos agricultores aliada às condições climáticas do período, como a baixa umidade relativa do ar, clima quente e abafado, falta de chuva e muito vento, ocasionam uma destruição ainda maior na vegetação.

Segundo o tenente Claudevan Reis, o vento faz com que o fogo se espalhe mais rápido, atingindo as propriedades vizinhas e dificultando o controle por parte da equipe do Corpo de Bombeiros. O tenente Reis ressalta ainda que, os incêndios acabam prejudicando a população urbana, uma vez que, ao deslocar equipes para combater o fogo em propriedades rurais, o perímetro urbano fica com pouco efetivo para atendimento das ocorrências. Segundo ele, o Corpo de Bombeiros Militar de Vilhena não está adequadamente equipado para o combate ao fogo, uma vez que possui apenas uma viatura equipada com bomba d’água, sendo que esta possui capacidade para 400 litros de água. Além da viatura, o combate e controle do fogo são feito através de trabalho braçal dos bombeiros, atuando com abafadores. “Às vezes é preciso pedir ajuda de outros órgãos que possuem caminhões capazes de transportar água, para dar conta do serviço”, complementa Reis.

Segundo a sargento Eliza Gonçalves, o Corpo de Bombeiros Militar em parceria com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento ambiental, Sedam, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, Incra, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Ibama, Agência de Defesa Sanitária Agrossilvopastoril do Estado de Rondônia, Idaron, Ministério Público e outros órgãos públicos,
promovem, desde 2010 a campanha “Queimadas, um mal desnecessário - não deixe que esse mal destrua nossas florestas”. A campanha tem por objetivo conscientizar os agricultores acerca dos riscos das queimadas e alertá-los sobre as penas impostas aos responsáveis por incêndios. Eliza informa que a campanha tem ajudado a reduzir os casos de incêndios, uma vez que, se comparados os meses de julho e agosto de 2013 com o mesmo período do ano passado, os números apresentam uma leve queda. Porém,
segundo ela, não é o suficiente, já que, mesmo tendo diminuído, os números ainda são alarmantes.

Limpar área - O uso de fogo para limpar e preparar o solo é bastante utilizado na região de Vilhena, principalmente pelos agricultores com menos recursos financeiros. Porém, os prejuízos ao solo, sistema fluvial e outros recursos naturais são inevitáveis com esta prática. É o que esclarece o engenheiro florestal da Sedam, José Trindade Lobato. “Os agricultores se valem desta prática para trazer benefícios à suas propriedades, mas acabam tendo prejuízos”. José esclarece que, de acordo com a portaria 152 e
211/Sedam, toda queimada realizada sem a autorização da Sedam é considerada criminosa, por mais que não traga maiores danos.

Quando um agricultor deseja realizar uma queimada em sua propriedade, é necessário comunicar a Sedam, que envia profissionais ao local para análise da área e instruções ao agricultor para que este faça aceiros e tome as medidas mitigadoras, esta é a chamada ‘queimada autorizada’. Porém, José alerta para o fato de que, mesmo a queimada sendo autorizada pela Sedam, o agricultor está sujeito às penas previstas na
lei 4.771/65, caso a queimada fuja ao controle. As multas para quem realizar queimada ilegal chega até R$1.000,00 por hectare.

Luiz Silva Gomes, diretor de Gestão Ambiental da Sedam, alerta também para o risco de atear fogo nas propriedades, em virtude do baixo índice pluvial e clima seco, o que favorece o alastramento do fogo, podendo atingir mata nativa. Segundo ele, só em mata nativa foram registrados, nos meses de julho e agosto, dois incêndios criminosos. Luiz informa que a área atingida ainda está sendo quantificada e o caso sendo investigado para posterior punição dos autores do crime ambiental.

O diretor da Sedam, Luiz, destaca o sucesso da campanha realizada em parceria com outros órgãos, inclusive o Corpo de Bombeiros. Informa que, desde que a campanha iniciou em 2010, os registros anuais de incêndio tiveram uma queda significativa. Luiz não esconde o otimismo e espera que nos próximos anos os números diminuam. Para tanto, conta com a parceria, não só de órgãos públicos, mas da própria população, no sentido de se conscientizarem dos riscos e prejuízos que o fogo pode trazer de um modo geral.


"Pequenos lixos” tornam-se problemas quando jogados as ruas

Por White Prata


Lideranças do meio ambiente de Vilhena discutem sobre a consciência dos munícipes nas vias públicas e afirmam que é necessário ter uma reeducação da sociedade, pois esse mau hábito já faz parte da vida dos brasileiros.

A situação das lixeiras na praça Nossa senhora e o acúmulo “lixinhos” nas principais avenidas

Observe pelas praças e avenidas do centro de Vilhena, bastam alguns minutos para que se veja pessoas jogando papel de bala, saquinho de picolé, extrato de banco, garrafa pet, e outros descartáveis dos lanches rápidos na rua. Ao questionar algumas pessoas sobre essa atitude, relatam que se deve ao fato de não haver lixeiras instaladas em cada quadra.

O homem está no interior da loja bebendo água num copo descartável. De repente, resolve sair para não se sabe fazer o quê. Pode ser que só queira ver o movimento da rua. Ao terminar de beber a água, joga o copo de plástico no chão. Difícil acreditar que pessoas ainda têm esse tipo de comportamento em dias de tantas campanhas sobre cidadania ambiental.

“A responsabilidade não é minha!” - Muitos cidadãos reclamam que nem todas as quadras de Vilhena têm lixeiras e usam esse argumento para justificar o mau hábito de jogar lixo na rua. Para que esse comportamento seja modificado, Elizangela aconselha que os estabelecimentos comerciais criem cartazes para conscientização. Ela sugere também que as universidades desenvolvam campanhas ambientais, e a comunidade aprenda a se envolver com as questões que precisam ser melhoradas. E critica a ação da Prefeitura. “Na questão de resíduos sólidos, nosso município falha muito. É mais fácil jogar o lixo no chão, transferir a responsabilidade para o outro. É necessário reeducar a população, tanto os pequenos como os grandes.”

O Secretário Municipal do Meio Ambiente, Arlindo de Souza Filho, popularmente conhecido como Nenzão, estudante de Gestão Ambiental, analisa que “a cultura do brasileiro de ser meio relaxado com o meio ambiente não é de agora”. Ele frisa que o papel da SEMMA (Secretaria Municipal do Meio Ambiente) é fiscalizar as outras secretarias e também as empresas, “é uma Secretaria que tem força de polícia”. Como exemplo, o secretário cita empresas que descartam óleo queimado e são vistoriadas pela SEMMA, que avalia se o óleo é eliminado corretamente. Sobre a instalação de lixeiras pela cidade, Nenzão explica que a SEMOSP, Secretária Municipal de Obras e Serviços Públicos, é a responsável.

Por sua vez, a SEMOSP critica a SEMPLAN, Secretaria Municipal de Planejamento, por não ter encaminhado projetos para execução até o momento. O Secretário de Planejamento, Heitor Batista, informa que a SEMOSP é a responsável. Indagado sobre a ausência de projetos, o secretário diz que pretende fazer um levantamento da situação das lixeiras da cidade para aplicar o projeto no próximo semestre. Disse estar ciente de que se trata de uma questão urgente e necessária, porém, sinaliza que leva tempo, embora a prefeitura esteja empenhada. No entanto, agora, “o problema do aterro sanitário e a implantação de coleta seletiva estão em primeiro plano.” Batista acrescenta também que é necessário desenvolver campanhas de conscientização ambiental e ensino da coleta seletiva junto à comunidade.

Transtornos causados pelo lixo - Uma das praças centrais de Vilhena tem praticamente todas as lixeiras destruídas. O gari responsável pela limpeza do local, Thomas Montello, diz, indignado, que os jovens que desfrutam do lugar para lazer não respeitam o espaço. “Vêm aí, fumam as drogas e deixam o lixo deles. Todo dia... Muita gente não tem respeito, não! A lixeira está do lado, mas eles jogam no chão e ainda chutam as lixeiras, arrebentam com elas”, desabafa.

A cidade ainda não tem problemas sérios como de cidades de grande porte. Mesmo assim, na temporada de chuvas, é possível notar o acúmulo de água nas vias públicas. Isso dificulta o trânsito tanto para os veículos quanto para os pedestres, que são obrigados a caminhar pulando as poças d’água. Os prejuízos também se avolumam. O “lixinho” é acarreado para o Pires de Sá, causando assoreamento. O rio já está cheio de resíduos de lixos e não tem área de preservação.

Elisangela C. Hartmann Donadoni, engenheira química e gestora ambiental, explica que essas ações parecem pequenas, na verdade, não são, elas também danificam o
meio ambiente. “O acúmulo de resíduos sólidos nos bueiros provoca inundações porque esses “lixinhos” vão para as bocas de lobo mais próximas através da correnteza”, salienta.
Ação para solução

“Estamos desenvolvendo projetos ambientais nas escolas porque acreditamos que as crianças levam essa mensagem aos pais e também junto às empresas de serviço de monitoramento”, complementa Nenzão, responsável pela SEMMA.

Os projetos são desenvolvidos em algumas escolas municipais e estaduais, como é o exemplo da Escola Municipal Antonio Donadon. A pedagoga Ionice Lima Vilaça relata que, na sala de aula, tem o horário da bagunça e da arrumação. “Eles sempre olham em volta da mesinha para verificar se não tem lixo. Temos também a campanha do meio ambiente. Todos vão para o pátio ver se tem lixo e limpamos juntos. Orientamos para que o trabalho continue em casa e também instruímos os pais para que ensinem as crianças a juntar o próprio lixo em casa. Assim, aprenderão a desenvolver sua responsabilidade na ordem do planeta”, complementa.

Ionice acrescenta ainda que é necessário ter consciência, destacando que, para isso, cada um deve assumir suas responsabilidades. “Se a cidade tem falhas, isso não justifica a pessoa jogar lixo na rua, seja o que for. Acredito que toda ação que a gente vai fazer devemos interiorizar primeiro. Isso é questão de consciência” destaca.

Para que esse comportamento seja modificado, a Gestora Elizangela Donadoni aconselha que os estabelecimentos comerciais criem cartazes para conscientização, as universidades desenvolvam campanhas ambientais, e a comunidade aprenda a se envolver com as questões que precisam ser melhoradas. ”Nosso município na questão de resíduos sólidos falha muito, é mais fácil jogar o lixo no chão, transferir a responsabilidade para o outro, é necessário reeducar a população tantos pequenos com os grandes. Sobre a coleta seletiva a especialista explica que não adianta tê-la se o aterro sanitário não está funcionando ainda, é preciso justificar essa seleção , o porquê separar, é necessário passar por uma triagem, e ainda assim não é só separar seco do molhado. “Precisamos aprender a separar orgânicos, que pode ser feito a compostagem, recicláveis e os que não tem como aproveitar como papel higiênico , absorventes , fraldas” finaliza.

Lixo Zero no RJ - No Rio de Janeiro, foi lançada, no dia 20 de agosto deste ano, a campanha Lixo Zero. De agora em diante, quem for pego lançando detritos no chão será multado. As penalidades serão aplicadas através do CPF da pessoa. Se veículos forem flagrados, a multa segue a placa do carro. O valor varia de acordo com o peso do lixo e pode chegar a 500 reais. No primeiro dia da campanha, mais de 110 pessoas foram multadas no centro da cidade, onde se iniciou a fiscalização.


A dinâmica do mercado local de verduras

Por Erica Petersen
Fotos: Erica Petersen

Por uma larga estrada de mão dupla há pouco molhada pelo caminhão da prefeitura a fim de diminuir as marcas da seca, avista-se um paredão de árvores com um pouco de quiçaça nas redondezas próximo a Universidade Federal. Quem não sabe, não consegue enxergar que ali existe uma grande produção de verduras e legumes que abastecem vários mercados, escolas e restaurantes da cidade.

Alguns metros à frente há uma porteira com um papelão escrito “vende-se verduras”. Gentilmente um garoto de camisa vermelha sentado em uma mesa da velha varanda, puxa uma corda de aproximadamente 100 metros que abre a porteira sem precisar sair do lugar. Ainda assim é preciso andar mais alguns metros adentro para chegar a uma das inúmeras estufas daquela região.

Ao som da rádio Planalto, dona Maria e seu Benedito, lavam 3 carriolas cheias de pés de alfaces que desde as 3h e 30 da manhã foram colhidas por ele.

Benedito de Oliveira Filho, 54, veio do Mato Grosso em 1983. No início trabalhou como servente de pedreiro e roçando junquira, a famosa quiçaça. Há 9 anos trabalha nas 20 estufas de dona Glória e seu Nadir Moreira que funciona desde 1995, juntamente com uma equipe de 9 pessoas. “Aqui a gente planta Alface, cebolinha, rúcula, couve, agrião, repolho, celga e brócolis”, relata.

Preparo do solo - A produção é feita por etapas, primeiro prepara-se a terra com o esterco de galinha, depois planta-se as mudas e por último aplica-se adubo orgânico e preventivo defensivo, o agrotóxico, a fim de prevenir doenças e pragas, como lagartas por exemplo.

O tempo necessário para que um pé de alface esteja pronto para ir á mesa é em média 25 dias, já o ciclo da produção da couve é de até 100 dias, isto é, quando o clima é mais quente e o da rúcula 40 dias. A irrigação é realizada com a água do poço e em aproximadamente 12 horas gotas por gostas molham diariamente as raízes das hortaliças.

O senhor Ronaldo Mineto que é proprietário de 7 estufas, a menor medindo 7m por 44m e a maior 10m por 60m, conta que o processo de irrigação é feito da mesma forma como o das estufas de seu Nadir, porém a água vem do SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) e para a produção utiliza adubo químico.

Uma das sete estufas de seu Ronaldo Mineto

Comercialização - A produção de seu Nadir abastece os grandes mercados da cidade, como os supermercados Pato Branco, Friron e Center Norte. Já seu Ronaldo, que não tem funcionários, trabalha desde a madrugada para às 7h da manhã fazer as entregas de seus produtos aos pequenos mercados e lanchonetes em diferentes pontos da cidade. No total, 14 empresas compram suas verduras.

Além disso, o agricultor tem um contrato anual com a Emater, onde todas as terças-feiras entrega boa parte do que é produzido no dia. Esses produtos são distribuídos entre escolas municipais e estaduais de Vilhena. "A Emater é parceira nossa, mas passa aqui raramente. Quando precisamos de alguma coisa eles nos ajudam." Comenta o seu Ronaldo.

Agronegócio - O agronegócio é um mercado que movimenta a economia brasileira, representando mais de 22% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

De acordo com um estudo realizado em 2011 pela Organização para Cooperação de Desenvolvimento Econômico (OCDE) o Brasil está em destaque entre os países da união europeia e Estados Unidos, no que se refere ao índice de desenvolvimento da produtividade agrícola com um crescimento anual de 3,6%.

Segundo Paulo Firmino da Silva, encarregado do setor de hortifruti do Pato Branco Supermercados, diariamente a empresa recebe em média 800 mil quilos a uma tonelada de legumes e verduras produzidos por agricultores de Vilhena e região que são distribuídos entre os quatro mercados da rede Pato Branco. “Nas terças feiras, chegamos a receber até quatro toneladas, contando com os produtos que vem de outros estados”, comenta.

Paulo afirma que no total são 40 agricultores vilhenenses que vendem suas produções à empresa.
Produção e Projeto

De acordo com a Emater, em Vilhena há 88 agricultores em parceria com o projeto da Companhia Nacional de abastecimento (Conab). Cada agricultor possui um contrato anual de R$ 4.500,00 onde os alimentos produzidos são encaminhados aos órgãos e entidades públicas.

Desta forma pequenos agricultores como o seu Ronaldo, Benedito e dona Maria, ganham seu sustento através da terra, contribuem com o mercado do agronegócio e proporcionam verduras e legumes frescos na mesa de muitos brasileiros.

Dona Maria e seu Benedito chegam a trabalhar mais de 10 horas por dia

Veículos poluem o ar e falta fiscalização prevista em Lei

Por Silvana Campos

Monóxido e o Dióxido de Carbono prejudicam a saúde. Eles compõem a lista dos gases emitidos.

Em Vilhena não existe fiscalização para veículos que emitam poluentes, acima do permitido. Produzir fumaça, gases ou partículas em níveis superiores aos fixados, é considerado infração grave. É o que diz o Código de Trânsito Brasileiro, CTB, em seu artigo 231. A lei prevê multa e retenção do veículo para regularização.

Os limites são estabelecidos pelas resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente, Conama. No teste, são medidos todos os poluentes emitidos pelo veículo. A quantidade aceitável, considera o combustível utilizado, ano de fabricação e também pode variar de acordo com as categorias, leve ou pesado.

Segundo o diretor da Ciretran, Nilton Valdir Locatelli, 72 mil veículos circulam em Vilhena diariamente. Destes, 49 mil fazem parte da frota do município, os demais são de outras localidades. O principal poluente é o Monóxido de Carbono. Um gás altamente tóxico. Se inalado em pequenas quantidades pode causar dores de cabeça, lentidão de raciocínio, problemas de visão, redução da capacidade de aprendizagem e perda de habilidade manual. Em quantidades maiores pode levar o indivíduo a morte por asfixia.

Gustavo Ozeika, chefe da sessão de vistoria do Detran, declara “O Estado só quer saber do imposto”. Segundo ele, no Detran de Rondônia, esse item não é cobrado na vistoria. O órgão não faz monitoramento nas ruas porque não possui equipamento para medição. “O Detran mal dá computador pra gente trabalhar”, afirma. Gustavo, diz que no caso das motos, o escape turbal não é permitido. “Sabe-se que este modelo polui mais, porém, ele não é aceito por causa da exigência de peças modelo original, e não pela questão dos poluentes”, completa.

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Sema, também não realiza a fiscalização, informou Roseli de Castro, agente da Sema. “ O Detran deve realizar este serviço, e agora já tem que vir adequado de fábrica”, destaca. “Não temos equipamento para fiscalizar”, afirma Marcos Ivan Zola, Secretário Municipal de Trânsito. “Poucos municípios se preocupam com isso”, considera. O secretário lembra, que o município de São Paulo, faz essa medição, ele observou isso quando morava lá. “Em Vilhena, não existe lei municipal que trata desta temática”, complementa.

Para Francisco Dimas, fiscal do Ibama, as cidades que controlam a poluição do ar, costumam contratar uma empresa credenciada, para fazer a aferição. “O Ibama não fiscaliza em Vilhena, porque não tem o aparelho medidor”, conta. O fiscal acrescenta que, qualquer órgão ambiental poderia fazer este trabalho.

De acordo com a Polícia de Trânsito, P-Tran, este quesito não é objeto de multa nas blitz efetuadas no município. O principal motivo da apreensão de veículos é o documento atrasado. Em muitos casos o motorista não porta o documento, em geral, porque não está pago em dia.

O Código de Trânsito Brasileiro, CTB, estabelece que o trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, SNT, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotarem as medidas destinadas a assegurar esse direito, dando prioridade em suas ações à defesa da vida, nelas incluídas a preservação da saúde e do meio-ambiente.

Além dos danos à saúde, o Dióxido de carbono, CO2, que também compõe a lista dos sete gases emitidos pelos veículos, contribui para o aumento do efeito estufa e consequentemente para o superaquecimento do planeta Terra.


Manejo mantém reserva de floresta no Vale do Guaporé

Por Acadêmicos de Jornalismo Ambiental 2013.1

Segundo a FUNTAC (Fundação de Tecnologia do Estado do Acre), o conceito de Manejo Florestal é a administração da floresta para a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais, respeitando-se os mecanismos de sustentação do ecossistema objeto do manejo e considerando-se, cumulativa ou alternativamente, a utilização de múltiplas espécies madeireiras, de múltiplos produtos e subprodutos não madeireiros, bem como a utilização de outros bens e serviços de natureza florestal.




Uma das 5 madeireiras instalada em Comodoro-MT há 18 anos, se preocupa em não apenas retirar madeira das florestas nativas, mas também em trabalhar para que as mesmas possam ser preservadas e renovadas.

Desde o ano de 2006, mantém um Plano de Manejo Sustentável na Fazenda São Judas Tadeu, de propriedade do José Aparecido Sanches, no Vale do Guaporé, localizada a 100 km da sede do município de Comodoro e a de João Bosco Ardisson do Grupo Golin.



A área de manejo totaliza 586,6736 hectares de floresta, sob a responsabilidade técnica do engenheiro florestal Lindomar Rocha Rodrigues. Ele afirma que o Plano de Manejo Florestal Sustentável, foi implantado visando explorar o potencial madeireiro aproveitável em serrarias, laminadoras e carvoarias.

Através do censo florestal, 100% realizado em cada talhão, foram selecionadas as árvores para o abate, as árvores que fornecem sementes para perpetuação das espécies e as remanescentes, que são aquelas que ainda não possuem diâmetro considerado satisfatório para o primeiro ciclo de corte e que atenderão o segundo ciclo de corte após 25 anos da primeira colheita.



Através do Manejo Florestal, a cada ciclo de corte, existirão árvores com diâmetro apto para a colheita, mantendo constante a produção e a reposição florestal, evitando a degradação do solo e a poluição dos mananciais hídricos.

Com isso, o ecossistema é mantido em equilíbrio, pois ao retirar apenas algumas árvores previamente selecionadas de cada talhão, cujo corte é de maneira planejada, além de abrir clareiras para as árvores menores subirem em busca de luz.

Animais e micro-organismos que existem nessa área tem o seu habitat preservado e também as espécies frutíferas e de beira de córregos não são exploradas, garantindo ainda mais o equilíbrio na área manejada.

Em muitas outras propriedades o fator importante na perpetuação da floresta, é que após a exploração, o empreendedor fica responsável pela manutenção da área manejada, ou seja, existe um acompanhamento técnico monitorando o desenvolvimento até o final do primeiro ciclo de corte. Durante esse período, serão realizados os aceiros anuais e a proteção da floresta contra os caçadores da fauna silvestre.

O manejo florestal traz muitos benefícios sociais, pois permite a manutenção de um mercado de trabalho estável na região, com uma rotina anual de trabalho em um determinado local, conhecimento maior da área pelo convívio constante, além da garantia de uma melhor distribuição de renda .

Com todos esses benefícios, o manejo florestal permite ainda, que empresas possam manter compromissos de venda a médio e longo prazo, garantindo um produto de qualidade e quantidade suficiente para a entrega no mercado.



Por estar trabalhando dentro da legalidade, Hélio Kutchenko, proprietário da madeireira, declara que com as devidas licenças ambientais, autorização de corte, transporte e comercialização, com comprovação da origem da madeira, a empresa Medalhão tem conseguido obter melhores preços e contratos com empresas que só trabalham dentro das normas exigidas pelos padrões nacionais e internacionais.

Hélio explica ainda que a demanda por madeira tem aumentado no mundo inteiro, em função do largo uso e porque muitos estados brasileiros e países de vários continentes cortaram indiscriminadamente suas florestas e agora terão que esperar um tempo para que as árvores cresçam novamente.

O Plano de Manejo Florestal traz enormes vantagens, pois sua exploração é praticamente infinita, já que a área de floresta da região atenderá um ciclo de corte completo, formando-se assim uma base florestal consolidada e mais, mantendo a biodiversidade da fauna e da flora do Vale do Guaporé.

Parceria com o Instituto Federal Tecnológico de Cáceres - Há quatro anos, o Curso Técnico em Florestas, do IFMT de Cáceres, visitam a empresa de Hélio com professores e coordenadores, que permanecem no município por alguns dias, acompanhando as atividades desenvolvidas no Plano de Manejo, desde o abate até o transporte das toras. Observam as sementeiras, as remanescentes, coletam dados para
seus trabalhos de maneira prática e acompanham o desdobro das toras na serraria.

O curso tem o objetivo de habilitá-los para trabalhar no acompanhamento técnico da execução dos planos de manejo. Diversos alunos já fizeram estágio de 30 dias na empresa, acompanhando todas as atividades de desdobro e beneficiamento da madeira.

Finalizando o estágio, os alunos devem voltar para acompanhar a implantação dos projetos de manejo no campo, além de fazer a visita técnica para observação na indústria madeireira e nas áreas de manejo florestal.

Kutchenko já esteve em Cáceres em 2010, no IFMT, ministrando palestras sobre a sua atividade, falando sobre a importância da responsabilidade com a exploração da floresta, sempre de forma legal e aplicando técnicas de exploração de baixo impacto ambiental. Chama a atenção para as questão da exploração predatória de madeiras e dos desmatamentos ilegais, pois isso tem prejudicado o setor madeireiro, que trabalha na legalidade.


Agosto marca início dos incêndios em Vilhena

Por Kellen Melo
Fotos: Edeblandes Ortis

Mesmo com diminuição das queimadas, nuvens de fumaça assustam vilhenenses

Iniciou a estação da seca com diversas queimadas nos arredores do município. Pelo menos cinco casos chamaram a atenção das autoridades no mês de agosto enquanto mais de duzentos focos de calor foram percebidos por satélites de monitoramento.

Incêndios são mais frequentes no mês de agosto

Na última semana de agosto a cidade ficou encoberta com a fumaça oriunda de labaredas de fogo com até cinco metros de altura nas proximidades da escola municipal Clemente Humberto, no setor chacareiro de Vilhena. O fogo perdeu o controle e consumiu plantações, pastagens e árvores de pelo menos três propriedades diferentes.

Na tentativa de extinguir as chamas, os proprietários das terras naquele setor estavam usando as máquinas com implementos agrícolas para fazer uma barreira e evitar que o fogo se alastrasse ainda mais pelo pasto que, devido ao período de estiagem, estava muito seco. Outro produtor soltou várias cabeças de gado na estrada após perceber que a pastagem onde os amimais eram mantidos aprisionados estava em chamas.

Bombeiros, policiais, fiscais da Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), foram mobilizados para conter as chamas. O prejuízo, a causa e a área destruída serão determinados por investigação de peritos. “São situações que sabemos que ocorrerão, mas não onde”, explica Luiz Gomes, diretor do Escritório Regional de Gestão Ambiental (Erga), da Sedam. “Como na seca a incidência aumenta, ficamos alertas. Geralmente em propriedades às margens das rodovias pontas de cigarro, garrafas de vidro e até o escapamento de caminhões pesados pode causar incêndios. No caso da última quarta- feira, quando aconteceu o maior incêndio do ano em Vilhena, o vento ajudou a espalhar as labaredas”, revela.

Bombeiros mobilizados para conter os focos de incêndio

O Corpo de Bombeiros de Vilhena também atribuiu aos fortes ventos o incêndio de quarta-feira. “As rajadas de vento provocadas pela onda de friagem dos últimos dias é o que provavelmente aumentou o as chamas e propagou a fumaça. Não se sabe o que originou os focos das queimadas, mas neste mês elas costumam tomar grandes proporções e a ventania permitiu um maior consumo da vegetação em algumas
propriedades”, afirma o Comandante do 3º grupamento, Tenente Iranildo Dias.

No meio da fumaça - Moradora da região, Rosângela Taques, 31, dona de casa, contou que a fumaça chegava a aquecer sua casa. “Dava para ver que a fumaça alcançava uma altura muito grande, tive de fechar toda a casa para que não ficasse cheia dela e ainda podia sentir o calor do fogo propagado pela fuligem que até agora ainda está sujando minha casa. Tenho uma filha de pouco mais de um ano e estou ficando com medo de que, se essas queimadas continuarem, ela possa acabar adoecendo gravemente. Além da natureza, o descuido com as chamas prejudica muito as pessoas, não sei por que ainda fazem isso”, conta a mãe de Pietra de pouco mais que um ano.

Foto: Arquivo pessoal

Chamas em números - Dados da Sedam acusam redução no número de incêndios na cidade. Em agosto de 2012 foram contabilizadas 12 queimadas irregulares no município, enquanto até o dia 29 de agosto deste ano, apenas cinco. Redução de 60% que Luiz Gomes acredita conhecer a causa. “Desde o ano passado instalamos a Autorização de Queimadas Controladas. Para utilizar o fogo como forma de limpeza de propriedade já antropizada, área ocupada pelo homem, o produtor deve fazer solicitação à Sedam, comunicar seus vizinhos, autoridades militares, de trânsito e acompanhar a queima. Com essa medida
queremos conscientizar os homens do campo da importância de controlar o uso das queimadas. Acredito que está funcionando”, explica.

Para ajudar a combater a proliferação de incêndios, policiais militares ambientais de Ji- Paraná e Pimenteiras do Oeste vieram em Vilhena neste ano para compor equipe de fiscalização volante em forças tarefa na zona rural. Além disso, palestras em parceria com o Ministério Público, Secretaria Municipal de Agricultura e o Corpo de Bombeiros procuram conscientizar a população dos cuidados necessários para evitar a ocorrência de incêndios. O objetivo é que em 2013 sejam registrados menos casos de fogo do que
no ano anterior, quando a Sedam de Vilhena teve de trabalhar em 72 queimadas e incêndios ilegais.

Através de palestras educativas, advertências, multas, inquéritos e medidas legais os responsáveis pelo meio ambiente e pela segurança da cidade tentam amenizar os efeitos nocivos do fogo contra os vilhenenses. As multas por incêndios criminosos pode chegar a R$ 1 mil por hectare, além de prisão por até seis anos.

Foram identificados 200 pontos de calor pelos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o qual classifica Vilhena como município em risco crítico de incêndios. Dados da mesma entidade acusam redução no número de focos de calor, que podem ser vários por incêndio, em Rondônia: do dia 1 a 14 de agosto foram observados 595 focos de calor em contraste com os 1.350 de 2012. Queda de mais de
50% na incidência de fogo no Estado.


Coordenadora de projetos ambientais concede entrevista coletiva na Unir de Vilhena

Por Valéria da Costa

Coordenadora de projetos ambientais concede entrevista coletiva na Unir de Vilhena

A professora e coordenadora de projetos ambientais Ana Neri Paulo Assis concedeu uma entrevista coletiva aos alunos da turma VI de Comunicação Social/Jornalismo da Unir campus de Vilhena, que aconteceu nas dependências da Unir.

Ana Neri foi convidada pela professora da Unir, Leoni Serpa, para participar da coletiva em virtude de sua contribuição na preservação do meio ambiente, pois a mesma participa ativamente de projetos ambientais de relevância em Vilhena.

A coordenadora Ana Neri, que é professora na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Zilda da Frota Uchoa, compartilhou com os entrevistadores as experiências obtidas com o contato com a natureza, além de ressaltar a importância dos projetos que desenvolve e coordena atualmente.

Ana Neri ressaltou, ainda, a necessidade que Vilhena tem de se adequar às práticas sustentáveis e de preservação, uma vez que tais condutas não foram, ainda, inseridas na sociedade vilhenense.

Atualmente, Ana coordena quatro projetos voltados para preservação do meio ambiente, sendo que o maior deles é o “Reciclar no presente para viver no futuro”, sendo que este possui parceria com a UNIR e visa a conscientizar a população em geral da importância da coleta seletiva, além de incentivar o uso de produtos retornáveis e reaproveitamento de materiais, visando à sustentabilidade. Outro projeto em vigor atualmente é o “Revitalização do Pires de Sá”, cujo objetivo é ajudar na recuperação do Rio que atravessa a cidade de Vilhena, através de plantio de plantas nativas ao redor do rio e preservação do que ainda resta dele. A professora coordena, ainda, o projeto “Verde que te quero verde” e o “Água Escola e Ambiente”, sendo que este último foi premiado pela Fundação Itaú Social.

Ana Neri possui graduação nas áreas de Letras e Pedagogia, mas disse estar empenhada nos projetos de meio ambiente pela importância que os cuidados com a natureza tem para que seja construído um futuro melhor para nossa descendência. A coordenadora disse, ainda, que é gratificante trabalhar com os alunos da escola Zilda e ensiná-los a importância da natureza e destacou: “sou feliz em ser educadora”.

Escola de Vilhena trabalha educação ambiental na prática

Por Silvana Campos

Para defender e atuar nesta causa, é preciso ser resistente e persistente, concluiu a professora Ana Neri

A escola estadual Zilda da Frota Uchôa, possui quatro grandes projetos sobre meio ambiente. O primeiro começou no ano 2000, e revitalizou as nascentes do Rio Pires de Sá, em Vilhena.

A professora Ana Paula Neri Assis, em entrevista coletiva concedida aos acadêmicos de Jornalismo da Universidade Federal de Rondônia, UNIR, comentou os objetivos e resultados alcançados. Ana Neri é coordenadora geral dos projetos ambientais. Aos 62 anos, trabalha há mais de 40 na Educação. Ela afirma que sua maior motivação, é acreditar no seu dever com o Planeta. Relata que, busca arduamente a parceria de mais pessoas defensoras da natureza. “Para defender e atuar nesta causa, é preciso ser resistente e persistente”, destaca.

O projeto de revitalização do rio, agora tem o objetivo maior de preservar a mata ciliar. Os outros projetos trabalham a sustentabilidade, a reciclagem e a reutilização, a água, com foco no levantamento e mapeamento das nascentes dos rios, dentro da área do município. Ana Neri conta que já foi elaborado mais um projeto ambiental, com o nome prévio “Memória de Vilhena”. Este será agregado ao primeiro, e propõe a união da história do rio que corta a cidade, com a história dos moradores pioneiros, incluindo as pessoas indígenas, explica.

Literatura e Meio Ambiente de forma interdisciplinar

Por Larissa Ruas

Em uma sala de aula com capacidade para 30 alunos, geralmente duas a seis crianças saem do cotidiano e entram no mundo da leitura

O ano 2013 é considerado pela Organização das Nações Unidas (ONU) o Ano Internacional da Cooperação pela água, aproveitando o momento a coordenadora de projetos ambientais da Escola Zilda Da Frota Uchôa, Ana Neri, sugeriu que o tema fosse trabalhado na Escola através da parceria com acadêmicas do Curso de Letras da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) que estão fazendo estágio na escola.

Para associar o tema meio ambiente e água junto com a literatura as acadêmicas e a orientadora do projeto, Araci Weber, utilizaram os Livros da Literatura Brasileira, como Grandes Sertão Veredas, de Guimarães Rosa, Vidas Secas, de Graciliano Ramos que também abordam assuntos sobre meio ambiente, mais precisamente sobre a água.

Para Miryan Therezinha de Oliveira estagiárias do projeto, uma das grandes dificuldades é que poucos alunos participam das oficinas. “Como a oficina é realizada em horários opostos das aulas, infelizmente nem todos os alunos vem participar”, contou Miryan.

Carla Piovezan da Silva diz que a falta de conhecimentos dos alunos no mundo da literatura é grande dificuldade. “Temos alunos de 9º ano que nunca tiveram contato com a literatura, é um mundo totalmente novo para eles", destaca Carla.

Apesar da pouca frequência as acadêmicas contam que os poucos alunos que participam rendem bons frutos. “Nós fazemos produção de texto, cartazes, interpretação e contextualização da leitura do livro para que além deles associarem ao tema central da cooperação da água, eles também possam desenvolver o habito e prazer pela literatura”, concluiu Carla.


Artista embeleza as ruas de Vilhena

Por White Prata

Praças e avenidas do município de Vilhena estão de “cara nova”. Nicodemos Antônio Gouveia, 54, conhecido como Marrom (nome artístico) tomou a iniciativa de deixar a cidade mais colorida. Pinturas surreais e também de paisagens que embelezam o caminho dos munícipes.


Pintura no canteiro da Major Amarantes 

Marrom é funileiro pintor automotivo e conta que pintar é uma terapia. “ Sempre quis fazer artes plásticas, é um lazer para mim, precisei parar um pouco para cuidar da saúde devido o cheiro da tinta” complementa.

Circulantes afirmam que as cores conferem mais harmonia e alegria ao ambiente. As cores além de proporcionar mais beleza, diminui o impacto visual causado pelo lixo e pela poluição do marketing.

O artista presta serviço voluntário, recebe apenas ajuda de alguns empresários do centro da cidade para cobrir as despesas das tintas, pinceis e demais materiais. Nicodemos relata que também existe aqueles que não prestam respeito ao trabalho e já chegou derrubar os cones de segurança que deixa ao redor do local de pintura enquanto trabalha.

Nicodemos diz que pretende desenvolver um projeto reaproveitamento de sobras de concreto, madeiras, ferros, construção. Para colocar em ação ele precisa apenas das máquinas de trabalhar com esse material. O projeto visa dar retorno e beneficio ao meio ambiente. As artes desenvolvidas através desses matérias serão expostas nas praças da cidade.


Escolas de Vilhena desenvolvem programas ambientais

Por White Prata

Os projetos têm como foco a água, seguindo a campanha da UNESCO para 2013

Duas escolas de Vilhena desenvolvem projetos ligados ao meio ambiente. Objetivo é incentivar os alunos do ensino fundamental, no cuidado com a água e com espaço em que estão inseridos. Neste ano o projeto segue a proposta da UNESCO para debater as questões ligadas a água. Este ano segunda as nações unidas é o Ano Internacional das Nações Unidas de Cooperação pela Água.

A diretora da Escola Marechal Rondon, Débora Cristina Lindner de Lima, diz que o colégio está desenvolvendo um trabalho em parceria com o Projeto Azul da Fundação Mokiti Okada, de nível nacional, coordenado por Miguel Ângelo Lopes. O tema de 2013 é “Água: fonte da natureza como garantia para a sustentabilidade da vida”. A diretora conta que “a visão do projeto é se preocupar com o aluno como homem integral, e trabalhar juntamente com as disciplinas os valores morais e éticos que antecedem ao conhecimento formal e reduz os índices de indisciplina e violência na escola”. Uma das principais atividades desse projeto é a confecção de uma história em quadrinhos, produzida pelos próprios alunos através de suas experiências escolares.

A Escola Zilda da Frota Uchoa também já desenvolve há mais de dez anos o programa de educação ambiental. A professora Ana Néri Custódio Assis, Coordenadora do projeto, diz que “apesar das dificuldades, por Vilhena não ter um acervo da história regional, o trabalho realizado com os alunos é sucesso”. O projeto tem uma equipe formada por 15 professores que desenvolvem o trabalho de forma interdisciplinar.

De forma a incentivar mais os alunos, as diretoras de ambas as escolas afirmam desenvolver esses projetos na busca de transmitir valores de cidadania, para conscientizá-los nos cuidados com o meio ambiente e se tornarem promotores dessa politica ambiental, levando a família e a comunidade os conhecimentos adquiridos através dos programas.


Modelo tradicional da economia exclui meio ambiente

Por Erica Petersen, Silvana Campos e White Prata

Não existe sociedade sem sistema ecológico mas, este pode existir sem sociedade e sem economia, é o que afirma Clóvis Cavalcanti, mestre e pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco, em seu artigo, “Concepções da economia ecológica”. O professor faz uma avaliação crítica do posicionamento econômico
tradicional diante do meio ambiente. Ele introduz a perspectiva econômica chamada ecológica, que se diferencia também da economia ambiental prevista na ciência econômica aplicada atualmente.

Cavalcanti explica que, o modelo tradicional, retrata a riqueza como um fluxo fechado, consumo e rendimento formam um sistema isolado e circular entre famílias e empresas/ empresas e famílias. A economia ambiental é considerada um apêndice deste sistema. Ela é internalizada apenas com o propósito de cálculo econômico, ou seja, dar aos preços a condição de refletir valores e funções da natureza. Nos dois casos a
proposta de crescimento perpétuo é considerada realizável, uma vez que o sistema econômico não encontra limites onde esbarrar. Ele pode tudo.

A crescente percepção de que o sistema ecológico de sustentação da vida encontra-se cada vez mais ameaçado, constitui o ponto de partida da reflexão que deu origem formal à Economia Ecológica, EE. Estudada e defendida por vários autores, no mundo inteiro, esse modelo focaliza nas consequencias do comportamento humano, nos ciclos da água, dos nutrientes e do Carbono. Também questiona as formas de
retroalimentação entre o sistema social e natural, e como tais formas influenciam os serviços que recebemos do ecossistema.

Enquanto a ciência econômica convencional trata apenas da espécie humana, esquecendo todas as outras, a ecologia estuda todas as outras espécies menos a humana. Constata-se, em ambos os casos a necessidade de superar a estreiteza disciplinar que impede uma visão de conjunto da problemática ecológica – econômica. É onde surge a EE, como tentativa de integração, explica o pesquisador.

Chuvas causam aumento de erosões no interior de MT

Por Acadêmicos de Jornalismo Ambiental 2013.1

Uma chuva intensa com duração de mais de 12h, no mês de agosto deste ano em Comodoro-MT, causou o aumento de erosões em diversas ruas do município. O maior “buraco” causado pelas enxurradas ocorreu na Rua Espírito Santo. O que chamou a atenção neste episódio dos estragos da chuva foi que ocorreu em pleno período de seca.

Crateras são abertas com fortes chuvas 

A voçoroca que abriu tem mais de 200 metros de comprimento, mais de 15 de profundidade e mais de 50m de boca. Por volta do meio-dia o encarregado do pátio, Antônio Luiz, resolveu ir dar uma olhada nas condições próximas, já que nos fundos do local onde estão depositados materiais já havia uma erosão.

Ao se aproximar, se deparou com uma grande cratera e alguns materiais metálicos que já tinham sido carregados para dentro. Imediatamente se comunicou com o engenheiro de segurança, que o orientou a fazer dois pontos de segurança na rua nos fundos da empresa, para que ninguém que fosse trafegar pelo local pudesse vir a cair no buraco que se abriu.

Materiais pesados caíram na cratera

Fitas zebradas tiveram que serem instaladas dos dois lados, para que se alguém trafegasse pelo local com chuva ou à noite, o que costuma acontecer com carros, motos e bicicletas e não percebesse, poderia acontecer um acidente.

Chuva intensa na cidade matogrossense

Tendo estiada a chuva, os funcionários trabalharam o restante do dia para retirar os materiais que caíram. Também foram afastados para mais longe da borda, outros materiais depositados, para evitar que o fato voltasse a acontecer.


Volta a correr água na nascente do Pires de Sá

Por Kellen Melo
Fotos: blog Educa Vilhena

Nascente renasce em terras pisoteadas por animais de pastagens

Voltou a correr água na nascente do rio Pires de Sá, um dos maiores rios do município de Vilhena. A
constatação do grande feito foi feita por alunos e funcionários da escola E.E.F.M. Zilda da Frota Uchôa que tem tocado o projeto “Revitalização e preservação do rio Pires de Sá” desde 2000.




A professora Ana Neri Paula Assis, 62, coordenadora do projeto referente ao rio Pires de Sá e outros projetos ambientais desenvolvidos na escola comemora o renascimento do igarapé. “Muito se fala sobre o meio ambiente, mas pouco se faz. Quando em 2007 começamos a recompor as matas ciliares e plantamos mais de 150 mudas nos 50 metros de cada lado da extensão da nascente finalmente vemos os resultados.  Foram anos de denuncias, conscientização, trabalho duro e empenho”, conta a professora e militante ambiental.

Para as ações promovidas pelo projeto a escola conta com o apoio e transporte da prefeitura, em especial da Secretaria Municipal de Obras que faz a limpeza, as covas e o coroamento de onde serão plantadas as mudas e a colaboração de voluntários como os engenheiros da empresa Donadoni.


Ana Neri iniciou seu embate pela proteção da natureza ao lado do falecido esposo Luiz Carlos Paula Assis, e leva alunos de 8º e 9º anos para junto a outros funcionários e coordenadores dos projetos ambientais plantar as mudas, limpar as áreas degradadas e zelar pelo meio ambiente.

Além de fazer ressurgir água na fonte do Pires de Sá, a escola foi contemplada no ano passado com o prêmio Itaú Social que vai recompensar a escola com computadores, uma impressora e vinte e cinco mil reais que serão revertidos para os custos dos quatro projetos que a escola nutre atualmente, são estes: “Revitalização e preservação do rio Pires de Sá”, “Reciclar no presente para viver no futuro”, “Água, escola e ambiente” e “Nas águas da memória”.